sexta-feira, 5 de junho de 2009

Recreio.


Me desligo dos sons...
Dos gestos,cada vez mais vagos...
Me deixa!
Que eu que sei,quando o recreio termina.
E enquanto eu fujo,você se distrai com rostos,sorrisos e cores num papel.
Enquanto, ao mesmo tempo, finge ao menos um pouco de atenção.
Mas, e se eu te falar...Tudo o que hoje vale a pena?
Se eu conseguisse, como na teoria...te guardar pra vida inteira?
E nem brincar de ter razão, consegue mesmo enganar o coração.
Deixa...Que amanhã a gente inventa.
Se for possível, a gente ri.
E impossível a gente contorna...Recicla os cacos.
E tapa o sol da meia noite de peneira.
Meu amor, qualquer desculpa vale a pena...
Pra gente ficar mais um pouco.
Pra gente rir mais um pouco.
Meu amor, qualquer desculpa é um bom motivo.
Pra gente começar de novo, e rir mais um pouco.
Sem hora pra voltar.
BT.

Correntes.


Tão sombria essa tal liberdade disfarçada...

Correntes invisíveis, algemas de algodão.

E é cada vez mais miserável, esse mundo que nos resta.

Já não basta mais. Não tenho todas as chaves,nem encontro todas as portas.

Nós corremos por esgotos, sustentando teorias sem fim.

Teorias complexas,para explicar os meios...

De tão simples e ingênuo...Acumulamos aos montes.

Como é sombria, a liberdade dos homens...

BT

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Asas de plástico.


Feliz dos que se fecham em sua couraça e conseguem sonhar em paz!
Dos que tem asas, mesmo que de plástico.

Feliz dos que entendem tudo certo, em linhas tortas.
Dos que agradecem, sem ao menos receber.

Feliz dos que se preocupam,sem culpa.

Aos que tentam voar, sem medo de cair.
Aos que dançam, a dança dos dias.
Mesmo sem troféu algum.

Feliz de quem não cresceu.
Das crianças GRANDES.

BT.

quinta-feira, 21 de maio de 2009


E há quem diga, que no mais profundo dos breus...
As cicatrizes tem luz própria.

BT.

De Passagem.


As vezes eu tento.
As vezes, eu apenas finjo.
Assim como você.
Não é em vão, eu sei.
Na verdade,nunca foi.

Quando não... A gente se distrai.
Muda o foco, olha pra trás, pros lados...
E quando não há um galho seco na margem...
A gente apenas segue a correnteza.

Há tempos em que prendo a vista no que vai passando...
Quando me dou conta, ou quando ouço o som do tempo...Tudo já tem passado adiante.
E o que não me pesa muito na memória,ainda fica.
Assim, meio que de relance...

Meio fútil, é viver de memórias incompletas.
e o meio termo... É agora!

Acho mesmo que estamos apenas de passagem...
E eu estou aprendendo com palavras jogadas ao vento, todos os dias.
Vivendo como se fosse agora.
Doce é o amanhã que já passou. Ou não!
Fica tudo guardado...Mesmo esquecido.
Mesmo que nunca tenha mesmo estado. Mas fica!

BT.

Que flua o inesperado.


De ser todo o esperado e o mais provável o tempo todo...
Acabo por deixar pra trás o intermédio, o equilíbrio...
De deixar as emoções crescerem, destacar o menos provável.

Mas acontece que não nascemos com a tecla "SAP" .
Ainda não podemos ler entre as linhas.

Quero uma vida despida de todo o esperado.
Gosto de me surpreender.
Fico mais forte.

Quero um sentir diferente a cada instante.
Transcrever meus sentires nas folhas das árvores.
Viajar de olhos fechados.

Não conseguir me arrepender dos 'ontens'.
Me sentir completa no agora!
E não precisar lembrar que o amanhã existe.

Acontece que ainda não sou prisioneira desse corpo.

BT.

Fotografias.


Essas fotografias agora me parecem tão vagas... Tão Calculistas...
Esse olhar na parede, não me diz hoje o que me disse aquela tarde.
Hoje está reduzido a papel frio e seco.
Calculamos o vital?
Controlamos o brilho dos olhos?
Não, eu não sei...
Mas, Sinceramente...
Se houvesse agora o que te falar...
Talvez seria...
- Pega a minha mão. Diz que você também quer sair desse Baile de Máscaras gigante...

Diz que ainda há chances de um dia eu te ver...
Como nos meus sonhos.

BT